Casamento homossexual : Antigo PGR Souto Moura integra lista de mandatários favoráveis a referen
Seis deputados e cinco magistrados, entre os quais o antigo procurador-geral da República (PGR) José Souto de Moura, integram a lista dos 144 mandatários apresentados pela Plataforma Cidadania e Casamento em defesa de um referendo sobre o casamento homossexual.
A lista dos mandatários foi apresentada ontem à tarde num hotel de Lisboa pelos estudantes universitários Catarina Matos Correia, Inês Avelar Santo, Margarida Correia, José Maria Duque e António Soares.
A lista, em defesa de uma proposta de consulta popular com a frase “Concorda que o casamento possa ser celebrado entre pessoas do mesmo sexo?”, integra vários deputados, entre eles Jorge Bacelar de Gouveia, José Ribeiro e Castro, Maria José Nogueira Pinto, Telmo Correia e Teresa Neto Venda.
No rol de magistrados constam os juízes conselheiros José de Souto Moura e Eduardo Lucas Coelho, bem como Pedro Godinho Vaz Patto, Tiago Lopes Miranda e Alexandra Parente Lopes.
O conjunto de nomes que apoia a Plataforma Cidadania e Casamento integra ainda 18 professores universitários, entre os quais João César das Neves, oito ministros e pastores protestantes, 25 estudantes e muitos representantes de outros grupos profissionais, em que se incluem jornalistas, como Luís Sarsfield Cabral, e Inês Dentinho, gestores, médicos, professores, juristas e publicitários, entre outros.
O grupo de mandatários tem como propósito recolher 75 000 assinaturas por todo o país, em papel, acompanhadas do número do Bilhete de Identidade, para entregar na Assembleia da República.
“O referendo é o mais fiel instrumento da democracia participativa e da expressão da vontade popular num tema que ainda não foi suficientemente debatido na sociedade civil”, disse o mandatário José Duque, durante a apresentação da lista.
O grupo pretende promover debates, esclarecimentos e encontros a nível nacional “com vista à melhor formação de todos os que estão empenhados no exercício da cidadania”.
Os mandatários alertaram ainda que ao debate se deve colocar a admissibilidade da adopção de crianças por casais do mesmo sexo e o acesso à reprodução artificial.
ARA.
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