Cinco câmaras criam primeira rede de cidades criativas do país

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Cinco câmaras municipais de três regiões do país apresentaram uma candidatura a fundos comunitários para criarem a primeira rede nacional de cidades criativas com o objectivo de atraírem para os seus concelhos profissionais das áreas criativas.

    A candidatura com projectos no valor de cerca de 13 milhões de euros, liderada por Óbidos, integra Guimarães, Montemor-o-Velho, Montemor-o-Novo e Portalegre.

    “O objectivo é que surja uma rede urbana de vilas e cidades de pequena e média dimensão que mostre que Portugal acompanha o movimento europeu de cidades criativas”, afirmou à Lusa Telmo Faria, presidente da câmara de Óbidos.

    O autarca, que ontem esteve reunido em Óbidos com os presidentes das outras câmaras municipais, disse que “está provado que noutros países do Norte da Europa este tipo de indústrias tem contribuído para regenerar economicamente algumas cidades contribuindo para o aumento do Produto Interno Bruto”.

    Em Portugal, a ideia é também “cumprir o Plano Tecnológico” nacional criando condições para que a economia das indústrias e “clusters” criativos tenham mais peso, sustentou.

    Telmo Faria explicou ainda que fazem parte das indústrias criativas não só os artistas mas outros profissionais tais como os arquitectos, publicitários, profissões ligadas ao design, à investigação científica ou até à gastronomia.

    O autarca acredita que se trabalharem em rede, “é possível atrair a classe criativa a cidades e vilas de média dimensão” desde que “haja condições como boas políticas de ordenamento do território ou actividades culturais como acontece com as que integram o projecto”.

    A candidatura envolve uma área onde residem 300 mil pessoas e deverá estar aprovada até ao final do ano.

    Telmo Faria disse que os municípios já estabeleceram protocolos de colaboração entre si.

    A próxima reunião de trabalhos sobre a rede realiza-se em Guimarães.

   

    ZO.

    Lusa/Tudoben

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