Comunicado à população do Concelho do Presidente da Câmara, Nuno Mocinha

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Nuno Mocinha
Nuno Mocinha

Os Elvenses têm sido informados, sobretudo por jornais e rádios, da situação na Câmara Municipal de Elvas. Mas, nos últimos dias, têm sido ditas muitas coisas que não estão de acordo com o que se tem passado e pode vir a passar.

Para todos, faço um pequeno resumo da situação.

Desde que fui eleito, em setembro do ano passado, e tomei posse de Presidente da Câmara, em 12 de outubro de 2013, senti uma crescente falta de respeito pelo meu cargo, em especial por parte dos Vereadores dra. Elsa Grilo e comendador Rondão Almeida.

Foi montada uma segunda câmara, com funcionários e colaboradores ao serviço dos seus objetivos, e tomadas decisões internas e públicas, algumas de grande importância, sem que eu tenha tido sequer conhecimento delas.

Uma situação que tem vindo a piorar, como a população tem notado, e atingiu o momento decisivo na reunião de 9 de julho passado.

Nessa data, fui surpreendido, em plena reunião da Câmara Municipal de Elvas, por uma série de propostas apresentadas pelo senhor comendador Rondão Almeida, sem que uma palavra sobre o assunto me fosse dita antes.

Não podia tolerar mais esta falta de respeito para comigo, enquanto Presidente da Câmara!

Tinha de tomar uma decisão. Sabia que a decisão era difícil, mas não poderia continuar como se nada se tivesse passado. Ou me demitia, ou retirava os pelouros aos dois Vereadores.

Sabia que eu tinha sido eleito Presidente e havia quem não respeitasse a vontade popular. Mas também sabia que havia quem tivesse sido eleito Vereador e quisesse continuar a ser Presidente.

Decidi em consciência e, na passada terça-feira dia 15, comuniquei a minha decisão à Câmara Municipal: retirei os pelouros por mim confiados aos Vereadores dra. Elsa Grilo e comendador Rondão Almeida.

Quero deixar claro que esta posição não é nada de pessoal, pois eu considero o trabalho liderado pelo comendador Rondão Almeida durante 20 anos, para o qual também contribuí. Como a maioria dos Elvenses, estou reconhecido e grato a esse trabalho.

Esta posição é política, porque o que está em causa é a maneira como dois Vereadores se têm comportado para com o Presidente da Câmara, durante quase um ano.

Devo esclarecer que a Câmara de Elvas continua a funcionar, com a garantia de vencimentos aos seus funcionários e retribuições aos colaboradores, com a garantia do apoio em todos os programas sociais, com a continuidade das obras em curso e a concretização dos eventos já programados.

Eu continuo a ser Presidente da Câmara e a contar com os autarcas que queiram prosseguir em funções. Se houver alguém que abandone, será o responsável pelo ato e suas consequências.

Mantenho-me fiel ao compromisso assumido com os Elvenses de ser Presidente da Câmara. Mas também tenho um compromisso com a minha consciência, de exercer este cargo com dignidade e de o levar de pé até ao final.

 Elvas, 18 de julho de 2014.

 O Presidente da Câmara Municipal de Elvas

 (Nuno Miguel Fernandes Mocinha)

 

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