Contestação social: Função Pública inicia hoje uma série de protestos
Os trabalhadores da Função Pública iniciam hoje uma série de ações de protesto contra o congelamento salarial, que vão contribuir para um abril de intensa contestação social que deverá culminar num 1.º de Maio de luta.
A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública (CGTP) promove até dia 20 concentrações, manifestações e plenários para “lutar contra o agravamento das condições de trabalho” dos funcionários públicos.
As primeiras concentrações ocorrem hoje nos distritos de Coimbra, Aveiro e Guarda, seguindo-se Viseu, Bragança e Vila Real (terça-feira), Braga e Viana do Castelo (quarta-feira), Portalegre, Beja e Évora (quinta-feira), Setúbal, Castelo Branco e Faro (sexta-feira), Santarém e Leiria (dia 19) e Lisboa e Porto (no dia 20).
Hoje vão estar em greve os revisores da CP contra o congelamento salarial e a intenção de privatização de algumas linhas ferroviárias.
Para quarta-feira está também prevista uma greve dos trabalhadores dos Transportes Sul do Tejo, que voltam a paralisar dia 27.
Para os dias 19 e 22 estão marcadas greves dos trabalhadores da Petrogal e da Gás de Portugal.
No dia 20 vão paralisar os trabalhadores da empresa de vestuário Proundmoments, que se deslocam de Castelo Branco a Lisboa para se manifestarem junto ao Ministério da Economia, e os mineiros da Panasqueira.
O dia 27 de abril vai ser de convergência de greves no setor dos transportes cujos trabalhadores pretendem protestar contra o congelamento salarial, o bloqueio da contratação coletiva e as intenções de privatização das respetivas empresa.
CP, REFER, EMEF, Fertagus, o Metro do Porto e o de Mirandela, CP Carga, Carris, Transportes coletivos do Porto estão entre as empresas com paralisações de 24 horas.
Para a Atlantic Ferries, Trasntejo e Soflusa estão previstas greves parciais.
Nos Transportes Sul do Tejo, na Rodoviária da Beira Litoral, na Rodoviária D´Entre o Douro e Minho e na ViaPorto vão ocorrer greves de 24 horas.
Os trabalhadores dos CTT também escolherem o dia 27 para fazer uma greve de 24 horas e uma manifestação contra o congelamento salarial.
As greves previstas para o setor dos transportes foram, em geral, convocadas por sindicatos da CGTP, UGT e independentes.
As estruturas da CGTP estão a mobilizar os trabalhadores para que participem ativamente no 1º de Maio de modo a torná-lo num “grande dia de luta nacional.
RRA.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben