Desemprego: Primeiro-ministro espera diminuição do desemprego em 2010
O primeiro-ministro José Sócrates, admitiu hoje em Santiago do Cacém que a taxa de desemprego só deverá começar a diminuir em 2010, apesar dos sinais de recuperação económica anunciados nos últimos meses.
“No segundo trimestre de 2009, nota-se já uma reanimação e uma recuperação da nossa economia, mas a verdade é que isso não chegou ainda ao mercado de emprego e, por isso, a nossa economia continua a perder empregos”, admitiu José Sócrates.
“Tenho a convicção de que, à medida que a recuperação da economia prossiga, possa ter finalmente efeitos no desemprego, que ainda não se começaram a fazer sentir, mas que espero que se façam sentir em 2010”, acrescentou.
José Sócrates falava aos jornalistas à margem da cerimónia que assinalou o início dos trabalhos do IP8, entre Sines e Beja, com uma extensão de 95 quilómetros.
Trata-se de uma obra que vai permitir a construção de uma via com perfil de auto-estrada, que irá ligar o porto de Sines ao aeroporto internacional de Beja, e que deverá dinamizar a actividade económica em toda a região do Baixo Alentejo, mas que também deverá contribuir para fazer baixar a taxa de desemprego, que o primeiro-ministro estabeleceu como uma das prioridades governo.
Confrontado com as previsões do INE, que apontam para uma taxa de desemprego de 9,8 por cento no terceiro trimestre de 2009, Sócrates reafirmou que se trata de um problema resultante da crise internacional, mas que deve estar no topo das prioridades de qualquer acção governativa.
“O crescimento do nosso desemprego acompanha o que foi o crescimento do desemprego na Europa e nos Estados Unidos. Esse crescimento é resultado do abrandamento da situação económica em 2008 e 2009”, disse José Sócrates.
De acordo com o primeiro-ministro, “a melhor forma de combater o desemprego é fazer investimentos como a auto-estrada Sines-Beja, que vai dar oportunidades de emprego a 8.000 portugueses e também às empresas”.
“Estamos a fazer aquilo que podemos: mais investimento para dar mais oportunidades às empresas, para dar mais emprego e para modernizar o país. É desta forma que se combate o desemprego”, disse.
“Num momento em que o desemprego sobe em todo o mundo, a mensagem que eu tenho para os portugueses é que não deixaremos os desempregados sozinhos, que tudo faremos para desenvolver os mecanismos sociais que permitam acompanhar essas pessoas e que permitam ao estado desenvolver actividades necessárias para que essas pessoas possam recuperar o emprego”, concluiu.
GR.
Lusa/Fim