Elvas: Governo pede internacionalização do sector agrícola

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antonio_serranoO ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, António Serrano, destacou ontem a importância da internacionalização das empresas agrícolas, dando como exemplo uma herdade de Elvas, de capitais espanhóis e italianos.

A Herdade Dona Joana tem em curso um projeto de investimento de quase 24 milhões de euros, que engloba uma plantação de 253 hectares de pomar e 400 hectares de olival, assim como a construção de uma central hortofrutícola e de um lagar de azeite.

Na visita de ontem à sociedade agrícola, o ministro entregou um apoio de 2,5 milhões de euros para o desenvolvimento do projeto, ao abrigo do Programa de Desenvolvimento Rural (PRODER).

“Esta empresa é uma motivação e um orgulho para todos nós”, disse António Serrano, salientando o facto da sociedade agrícola ter no seu plano de negócios “80 por cento da produção destinada à exportação e 20 por cento para o mercado nacional”.

“Outras empresas deviam seguir o exemplo, porque disso depende o sucesso comercial do país”, sublinhou.

António Serrano garantiu que o Governo vai apostar na internacionalização do setor agrícola e agroindustrial”, estando, por isso, “a trabalhar na criação de um programa de apoio”.

“O objetivo é ajudar o agricultor não só a produzir para vender internamente, mas ajudá-lo a internacionalizar-se para que os nossos produtos cheguem às cadeias internacionais”, disse.

A “Herdade Dona Joana – Sociedade Agrícola, Lda” é um consórcio de outras quatro empresas de Espanha e Itália.

Através do contrato ao abrigo do PRODER, a empresa terá a possibilidade de aumentar a exploração em 37 hectares de área regada e produzir ameixas, pêssegos, nectarinas e alperces.

A fruta fresca será exportada para a Europa do Norte, América do Sul e sudoeste Asiático.

Com este investimento serão criados 56 postos de trabalho permanentes e 127 sazonais, num total de 672 que estão previstos na globalidade do projeto.

Em declarações à agência Lusa, Atanásio Naranjo, administrador da empresa, referiu que “o empreendimento de caráter internacional é muito ambicioso”.

A sociedade instalou-se na fronteira luso-espanhola do Caia em 2007 e atualmente está a produzir em cerca 60 por cento, prevendo atingir o pleno da produção em 2013.

Atanásio Naranjo agradeceu o apoio entregue pelo ministro, mas lembrou que “as empresas têm de ser autónomas”.

Mas, salientou, “se há apoios é importante porque permitem dinamizar a nossa atividade”.

No âmbito do PRODER, o ministro entregou durante a visita mais 12 contratos a promotores da região.

AYRM.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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