Elvas: O salão nobre dos Paços do Concelho acolheu esta terça-feira, ao final da tarde, a sessão de apresentação do Projeto do Bairro Comercial Digital de Elvas.

A iniciativa contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Elvas, comendador José Rondão Almeida; do presidente da Associação empresarial de Elvas, João Pires; da diretora de departamento de Comércio, Restauração e Serviços, Ana Saraiva, e do gestor do Bairro, Luís Guerra. Estiveram ainda presentes os vereadores Cláudio Monteiro e Tânia Rico.

O presidente do Município salientou a importância deste projeto para o comércio tradicional, considerando que “é uma mais-valia para a oferta dos nossos comerciantes”, destacando como projetos a implementar os cacifos inteligentes, que permitem “recolher e entregar encomendas, 24 horas por dia, sete dias por semana, através de um código pessoal, e a modernização do nosso parque de estacionamento subterrâneo, dotando-o de novas tecnologias e modernizando todo o sistema de vigilância”.

João Pires explicou como surgiu este projeto e a sua importância atual, para tornar o comércio e os serviços mais competitivos.

Ana Saraiva explicou em traços gerais o que são os Bairros Comerciais Digitais, qual o objetivo que o PRR pretende com estes projetos e como se pretende dinamizar estes setores de atividade.

O gestor do Bairro de Elvas, Luís Guerra, explicou detalhadamente como está estruturado o projeto e quais os eixos e áreas de intervenção do mesmo.

O projeto, alvo de candidatura aprovada ao Programa de Recuperação e Resiliência, resulta de um consórcio composto pela Câmara Municipal de Elvas e a Associação Empresarial de Elvas, tendo como promotor o Município de Elvas. A implementação iniciou-se em agosto de 2023 e prolonga-se até setembro de 2025, num investimento de 868.077,92€.

A missão passa pela digitalização do comércio local, a criação de um ecossistema de inovação, o fortalecimento da competitividade e a promoção da sustentabilidade e coesão socioeconómica.

A área de intervenção abrange as principais artérias comerciais, num total de 25 ruas no Centro Histórico, e são elegíveis atividades económicas em diversas áreas, como o comércio a retalho, restauração e similares; publicidade, estudos de mercado e sondagens; serviços administrativos e de apoio a empresas; agências de viagens, operadores turísticos, outros serviços de reserva, entre outros.

Os cinco eixos em que assenta o Bairro Comercial Digital de Elvas são: plataformas eletrónicas e identidade visual comum, conectividade e harmonização urbanística, soluções logísticas coletivas, digitalização de infraestruturas adjacentes, e formação e capacitação.

As plataformas eletrónicas e identidade visual passam por promover a identidade e reconhecimento dos aderentes, a unificação do Bairro e promover uma comunicação mais efetiva, só possível se promover uma identidade visual comum. No que respeita ao Marketplace, ou lojas online, pretende-se estabelecer como um canal de vendas, além do tradicional, o aumento da visibilidade e acesso a todos, uma maior facilidade de escolha para o cliente e facilitar pagamentos e logística, sendo que nesta última permite uma redução de custos para os empresários.

Será implementada uma App, com acesso imediato e personalizado, promovendo a interação e com informação na palma da mão e notificações direcionadas ao objetivo.

No que diz respeito à conetividade e harmonização urbanística, pretende-se implementar um outdoor digital, como meio de comunicação direta, com um forte apelo visual para atração imediata, proporcionando maior impacto em anúncios e informações e apresentando flexibilidade de conteúdo.

Serão também disponibilizados Mupi digital, num total de 6, promovendo uma publicidade dinâmica e criativa, mais interatividade e experiência diferenciada ao usuário, informação de geolocalização e segmentação e apresentando uma comunicação eficiente e personalizada, trilíngue.

Pretende-se proporcionar mais conetividade, com acessibilidade 24 horas por dia /7 dias por semana, atraindo assim mais clientes e o turismo digital, assim como os nómadas digitais, com disponibilização de wifi 5G.

Uma nova forma de ver a logística coletiva, com soluções comuns, nomeadamente os Cacifos de recolha, integrados com o Marketplace, com acessibilidades 24 horas por dia, 7 dias por semana, segurança e mais eficientes e, consequentemente, com redução de custos logísticos.

No âmbito da digitalização de infraestruturas adjacentes, que abrange um novo projeto de digitalização para o Parque de Estacionamento Subterrâneo, com uma gestão de tráfego mais eficiente e otimização do espaço, mais segurança, com a renovação do sistema de videovigilância, e sustentabilidade.

No âmbito do eixo de formação e capacitação, pretende-se fazer uma aposta no Marketing digital, Comércio online e competências digitais, dotando-os de conhecimentos atualizados e mais voltados para a realidade atual do comércio.