Elvas/Hotelaria: Grupo Pestana Pousadas refuta pressões sobre trabalhadores
O Grupo Pestana Pousadas (GPP) refutou ontem qualquer situação de pressão sobre os trabalhadores relativamente ao gozo de férias ou deslocações temporárias.
“Apenas, nos termos do Acordo de Empresa, a empresa desloca temporariamente os trabalhadores para outras pousadas durante o período em que as pousadas a que pertencem se encontram em obras”, refere uma declaração oficial do Grupo Pestana Pousadas.
O Sindicato da Hotelaria e Turismo do Sul denunciou ontem, em Elvas, que os trabalhadores do grupo Pestana que exercem funções nas pousadas da zona fronteiriça são pressionados pela empresa, “que os transfere de locais de trabalho e de setor ou secção, sem nenhum motivo justificativo” e os obriga a gozar férias no inverno.
As condições de trabalho também foram contestadas pelo sindicato, durante um protesto junto à Pousada de Santa Luzia, em Elvas, que reabriu após obras de remodelação.
O GPP refere que tem optado por fazer as obras de grande conservação e manutenção em período de época baixa do turismo, de outubro a março, de maneira a prejudicar o menos possível a atividade operacional das pousadas.
“Por via desse fato todos os trabalhadores que tenham férias e/ou folgas de compensação para gozar, a empresa pretende que as usufruam nesse período, o que esta de acordo com a lei, que diz que as férias do ano devem ser gozada no próprio ano ou até 31 de Março do ano seguinte”, diz o comunicado do GPP.
O Sindicato da Hotelaria também acusou o grupo de impor ritmos de trabalho intensos e de recusar pagar trabalho extraordinário prestado em dia normal, em dia de folga e em feriado.
“Relativamente ao trabalho suplementar há apenas a comentar que a empresa cumpre escrupulosamente com as disposições legais, designadamente do Código de Trabalho”, contesta o GPP.
RRA.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben