Évora: Câmara aprova plano e orçamento de “rigor e ambição” que atinge 81 ME

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evora_chafarizÉvora, 28 Jan (Lusa) – O plano e o orçamento da Câmara de Évora para este ano, de “rigor e ambição”, foi aprovado quarta-feira à noite, ascendendo a 81 milhões de euros, disse hoje o presidente do município, o socialista José Ernesto Oliveira.

Os documentos foram aprovados devido ao voto de qualidade do presidente da autarquia, já que os três vereadores do PS votaram a favor e os três vereadores da CDU contra, tendo o único eleito do PSD optado pela abstenção.

Em declarações à agência Lusa, José Ernesto Oliveira congratulou-se com a aprovação do plano de actividades e orçamento para este ano, caracterizando-o como “rigoroso e ambicioso”.

“É de rigor porque a situação financeira que os municípios em geral passam obriga a que a gestão da coisa pública seja feita com muita atenção, pragmatismo e com uma definição clara das prioridades e dos objectivos”, afirmou o autarca alentejano.

Por outro lado, acrescentou, “é de ambição porque, apesar da situação difícil, é preciso não abrandar o nível de investimento e a dotação de infra-estruturas necessárias”.

José Ernesto Oliveira revelou ainda que o plano e o orçamento da autarquia receberam contributos do vereador do PSD, entre os quais a instalação de um balcão único municipal e a criação de um portal ambiental na Internet.

Adiantando que os eleitos da CDU não apresentaram “qualquer proposta de alteração orçamental”, o autarca considerou que, “numa situação em que se exige o esforço e envolvimento de todos, a CDU, como sempre, pôs-se à margem de qualquer função”.

Também em declarações à Lusa, o vereador comunista Eduardo Luciano explicou que os eleitos da CDU não apresentaram qualquer proposta, “devido à falta de informação prestada pelo executivo”.

“Sentimos a necessidade de saber qual a origem da receita, para que pudéssemos dar os nossos contributos”, disse.

Considerando que “a receita de 81 milhões é perfeitamente irrealizável”, Eduardo Luciano explicou que o orçamento, proposto pelo executivo socialista, admite gerar receita com a venda de terrenos do município.

“Não se percebe como é que, num momento de grande crise, se vendem terrenos”, questionou.

O vereador da CDU sustentou ainda que este orçamento “tenta tapar as dificuldades financeiras da câmara e que não reflecte qualquer ambição e proposta credível para o território”.

Já o vereador do PSD António Costa Dieb frisou que o plano de actividades e o orçamento para este ano não satisfazem, explicando a abstenção na votação com a necessidade de “assegurar o normal funcionamento da instituição”.

“Um orçamento acima de 80 milhões de euros, tendo em conta o histórico de receita do município, é incomportável”, considerou o vereador social-democrata, destacando a redução de 83 milhões (proposta inicial) para 81 milhões de euros.

“Nós propusemos que o orçamento de despesa andasse na ordem dos 50 milhões. Apesar do nosso esforço e de um sinal positivo que foi dado, é manifestamente insuficiente”, afirmou.

SYM.

Lusa/Fim

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