Évora: Município aprova atualização de rendas sociais com aumentos a não ultrapassarem os 20 euros mensais

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evora_praca_geraldoAs rendas das habitações sociais no concelho de Évora vão ser atualizadas a partir de julho, com os aumentos a não ultrapassar os 20 euros mensais, disse hoje o presidente do município local, o socialista José Ernesto Oliveira.

A decisão do conselho de administração da Habévora, a empresa municipal responsável pela habitação social no concelho, foi aprovada na última reunião pública de Câmara, com os três votos favoráveis da gestão PS e um do PSD e três contra da CDU.

José Ernesto Oliveira explicou hoje à Agência Lusa que as rendas sociais com um aumento de cinco euros serão implementadas no próximo mês sem redução, enquanto as que atualizam entre cinco e 20 euros sobem, a 01 julho, 50 por cento do valor e o restante no próximo ano.

Garantindo que não haverá aumentos superiores a 20 euros mensais, o autarca alentejano adiantou que “algumas rendas até baixam”, uma vez que “as rendas são atualizadas em função do rendimento das famílias que habitam estas casas”.

A proposta da Habévora “foi discutida com os responsáveis do movimento de moradores”, que, “tendo em conta os objetivos deste acerto, a necessidade de garantir a sustentabilidade da empresa e continuar com as obras de recuperação, também se mostraram sensíveis em aceitá-la”, destacou.

O vereador social democrata António Costa Dieb, que votou ao lado dos socialistas, enalteceu o entendimento entre a empresa municipal e os seus inquilinos.

“Se existe entendimento entre as partes, cabe apenas à Câmara Municipal apoiar e estimular que este tipo de atitude ativa e positiva continue no futuro”, afirmou, considerando que “não faria sentido votar uma proposta contrária àquilo que as duas partes decidiram”.

Já o vereador comunista Eduardo Luciano defendeu a manutenção do congelamento das rendas, lembrando que, “em 2009, a Habévora decidiu, sem consultar o acionista Câmara Municipal, congelar o processo de uniformização das rendas”.

“Este ano as condições das pessoas pioraram e eu não acredito que a saúde financeira da Habévora se tenha degradado de tal forma de 2009 para 2010”, afirmou, defendendo que “se havia condições em 2009 também há em 2010”.

“Apesar da nossa posição não ter vencido, que era manter o congelamento do processo, entendemos que ainda assim a organização dos moradores e a ação dos vereadores da CDU permitiu que os moradores este ano não vejam refletidos no seu orçamento aumentos que não sejam razoáveis”, concluiu.

SYM.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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