Évora: Salão Central Eborense volta a abrir portas a 14 de setembro
Salão Central Eborense volta a abrir portas a 14 de setembro
Encerrado desde 1988, o Salão Central Eborense volta a ganhar vida como equipamento cultural ao serviço da
cidade de Évora. De portas fechadas nos últimos 36 anos, a Câmara Municipal requalificou totalmente o espaço
situado no Pátio do Salema, após a conclusão das obras que representaram um investimento de 2,5 milhões de
euros, com 70% do financiamento assegurado por fundos europeus. A festa de inauguração será de entrada
livre (com lotação limitada ao espaço existente), estando agendada para as 18h00 de sábado, 14 de setembro,
com arruadas, animação de rua e um espetáculo de abertura com a participação de artistas locais.
O novo Salão Central Eborense, completamente remodelado a partir do estado de ruína, dá assim lugar a um
moderno equipamento multiusos que será peça fundamental em 2027, aquando da celebração em Évora da
Capital Europeia da Cultura. Entretanto, o espaço assumirá um papel central no panorama cultural da cidade,
constituindo-se como infraestrutura de suporte aos grupos e associações que, na capital alentejana, dedicam a
sua atividade às artes e ao espetáculo.
A recuperação deste icónico edifício dá cumprimento a uma aspiração antiga da população eborense, tanto pelo
impacto positivo na vida cultural, como pela ligação emocional que persiste no imaginário dos habitantes,
principalmente do centro histórico. A obra foi realizada com a preocupação de preservação da imagem exterior e
da estrutura original. A empreitada obteve financiamento através pelo Programa Operacional Alentejo 2020, no
âmbito do PEDU – Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano, inserindo-se na estratégia municipal de
regeneração urbana e revitalização do Centro Histórico de Évora.
Recorde-se que este edifício foi mandado construir em 1916, pelo empresário José Augusto Anes, como espaço
de cultura e variedades e, ao longo dos anos, ‘passou pelas mãos’ de diversos proprietários, sempre com a
predominância da exibição de cinema. Com o passar do tempo a afluência de público diminuiu, levando ao seu
encerramento definitivo no final dos anos 80, tendo a câmara municipal adquirido o imóvel em 1996.