Évora/Desemprego: Número de desempregados aumenta 20% no distrito de Évora

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desemprego_notÉvora, 25 fev (Lusa) – O número de desempregados no distrito de Évora aumentou cerca de 20 por cento em 2009, alertou hoje a União de Sindicatos local, estimando a existência de oito mil pessoas inscritas nos centros de emprego da região.

O coordenador da União de Sindicatos do Distrito de Évora (USDE/CGTP), Ricardo Galhardo, explicou que o número de desempregados inscritos nos centros de emprego de Évora, em dezembro de 2008, era de 6.731 e, em dezembro de 2009, de 7.968.

“Estamos preocupados com o elevado nível de desemprego que existiu durante o ano de 2009 na nossa região, que foi mais de 20 por cento relativamente a dezembro de 2008”, afirmou o dirigente sindical, salientando que estes dados “correspondem apenas a desemprego registado”.

O responsável, que falava em conferência de imprensa, realizada no final de um plenário de atividades sindicais da região, referiu que a preocupação aumenta, tendo em conta que “não há perspetivas de investimento para a criação de novas empresas e novos postos de trabalho”.

Por outro lado, Ricardo Galhardo acusou as empresas da região, que no ano passado recorreram a despedimentos coletivos e lay-off [suspensão temporária do contrato de trabalho], de utilizarem a crise para “limpar o número de trabalhadores”.

“A maior empresa, a Tyco Electronics, no final de 2008 tinha 1.600 trabalhadores e, atualmente, tem à mesma os 1.600 trabalhadores”, disse, frisando que a multinacional tem agora “custos mais baixos, já que os trabalhadores novos ganham menos do que aqueles que foram despedidos”.

“Não houve razões objetivas, em termos dos custos e dos lucros da empresa, que justificassem estes despedimentos e lay-off que foram feitos em algumas empresas do distrito”, acrescentou o sindicalista.

A situação do concelho de Vendas Novas, onde “o setor corticeiro praticamente deixou de existir” e onde “uma ou outra empresa do setor automóvel registou diminuição do número de trabalhadores”, é outras das preocupações do coordenador da USDE.

De acordo com Ricardo Galhardo, mais de 40 por cento dos trabalhadores da região recebe menos de 600 euros por mês e em cada 10 trabalhadores jovens mais de seis tem um contrato precário.

SYM.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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