Galp e EDP confirmam recolha de informação pela PJ
A Galp e a EDP confirmaram ontem à Lusa a existência de recolha de informação por parte da Polícia Judiciária. No caso da Galp, a diligência incidiu sobre “um funcionário” da refinaria de Sines, enquanto que, no caso da EDP, “foi apenas pedido informação sobre um processo”, disseram as fontes oficiais destas duas empresas.
Em causa está a ‘Operação Face Oculta’, que investiga um conjunto de funcionários de grandes empresas portuguesas. Em causa está o possível envolvimento de três dezenas de quadros médios e superiores em operações de favorecimento na adjudicação de obras.
Já hoje, a Galp tinha afirmado à Lusa desconhecer a existência de buscas nas suas instalações, o mesmo acontecendo com o BCP.
“A PJ esteve ontem na refinaria de Sines, falaram com um funcionário e recolheram informação diversa”, confirmou à Lusa uma fonte oficial da Galp.
A EDP, por seu lado, disse à Lusa que “foi apenas pedido [pela PJ] um conjunto de informações sobre um processo que aparentemente envolve diversas entidades”.
A Polícia Judiciária (PJ) está a realizar buscas em vários pontos do país, numa operação de “grande envergadura” relacionada com alegados crimes económicos de um grupo empresarial sedeado em Aveiro, disse fonte policial à Lusa.
A edição ‘online’ do Correio da Manhã noticiou ontem que a PJ estava a realizar buscas nas empresas Rede Ferroviária Nacional (REFER), Rede Eléctrica Nacional (REN) e outras detidas directa ou indirectamente pelo Estado, entre elas a Galp, o BCP e a EDP, no âmbito de uma investigação relacionada com crimes económicos.
Em declarações à Lusa, Teófilo Santiago, responsável pela PJ de Aveiro, que está a coordenar a operação, disse que “as empresas não estão em causa, mas sim quadros que nelas trabalham”.
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