Governo anuncia em Évora vencedor do troço de alta velocidade Poceirão-Caia
O primeiro-ministro, José Sócrates, e o ministro das Obras Públicas, António Mendonça, vão anunciar hoje, em Évora, o vencedor do primeiro concurso do projecto de alta velocidade ferroviária (TGV Poceirão-Caia), marcando o arranque do projecto em Portugal.
Na corrida à construção deste troço, que faz parte da linha Lisboa-Madrid, estão os agrupamentos liderados pela Brisa e Soares da Costa, por um lado, e a Mota-Engil, por outro. O contrato, no entanto, só será assinado depois de o decreto-lei com as bases de concessão ser promulgado pelo Presidente da República, Cavaco Silva.
O consórcio Elos – Ligações de Alta Velocidade, liderado pela Brisa e pela Soares da Costa, apresentou uma proposta final que aponta um valor de construção de 1.359 milhões de euros, um aumento de 2,6 por cento face aos 1.324 milhões de euros da proposta inicial, segundo dados divulgados pela RAVE – Rede Ferroviária de Alta Velocidade, em Junho.
A proposta final da Brisa e Soares da Costa aponta um custo anual de manutenção de 12,2 milhões de euros, um valor que compara com os 11,6 milhões de euros apresentados na proposta inicial.
Este agrupamento integra também a Iridium Concesiones de Infraestructuras, do grupo espanhol ACS, Lena, Bento Pedroso, Edifer, Zagope, a norte-americana Babcock & Brown Limited, o BCP e a Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O outro consórcio finalista, o Altavia Alentejo – Infra-estruturas de Alta Velocidade, liderado pela Mota-Engil, apresentou uma proposta final que apontava para um custo de construção de 1.334 milhões.
O agrupamento liderado pela Mota-Engil integra também a Somague, a Teixeira Duarte, a MSF, a Opway, a Esconcessões, a francesa Vinci, o BPI, o BES, o banco Invest e a Alves Ribeiro – Consultoria de Gestão.
O consórcio Brisa/Soares da Costa está na linha da frente neste concurso, que dará a estas duas empresas a possibilidade de reforçarem a sua carteira de projectos e diversificarem os seus negócios.
O concurso visa a atribuição da concessão do projecto, construção e financiamento, manutenção e disponibilização, por 40 anos, das infra-estruturas ferroviárias que integram o troço Poceirão-Caia, numa extensão de 170 quilómetros, compreendendo também a exploração da estação de Évora.
A construção do troço Poceirão-Caia será iniciada em 2010, devendo entrar ao serviço em 2013, de acordo com o calendário definido pelo Governo.
CSJ
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