Governo vai dar mais poder às escolas para intervenção mais rápida nos casos de violência

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escolaO Governo vai dar mais poder às escolas para poderem intervir de forma “mais rápida, mais segura e mais próxima aos pais” em casos de violência, anunciou hoje a ministra da Educação.

Isabel Alçada falava aos jornalistas a propósito do caso de um rapaz de Mirandela desaparecido desde a semana passada depois de se ter atirado ao rio Tua na sequência, alegadamente, de agressões reiteradas por parte dos colegas da escola.

A ministra lembrou que a lei e os regulamentos internos das escolas são muito claros quanto à “inaceitabilidade” de qualquer forma de “ameaça, agressão ou violência” nos estabelecimentos de ensino.

Segundo Isabel Alçada, o Governo está a desenvolver e a programar ações para dar mais poder às escolas e às direções, para que “a intervenção seja mais pronta, mais rápida, mais segura e mais ligada aos pais e à comunidade educativa”.

A ministra da Educação acrescentou esperar uma identificação “clara, nítida e rigorosa” do que se passou com a criança de 12 anos de Mirandela, um caso que classificou de “consternação nacional”.

“[Espero do inquérito] uma identificação clara, nítida e rigorosa dos factos […] É uma consternação nacional. Precisamos de saber o que aconteceu para poder atuar naquele caso, mas também precisamos de identificar o que se passou para trás, saber em que circunstancias aquela escola trabalha”, afirmou Isabel Alçada.

O rapaz frequentava a escola EB 2/3 do agrupamento Luciano Cordeiro, em Mirandela e desapareceu na terça feira à hora de almoço no rio Tua, junto ao parque de merendas da cidade, para onde se deslocou na companhia de um irmão gémeo e de primos.

O local é distante da escola, que abriu um processo de averiguações para apurar o que poderá ter ocorrido no recinto escolar antes do sucedido e já entregou o relatório à Direcção Regional de Educação do Norte.

Questionada sobre eventuais indícios de negligência por parte da escola EB 2/3 Luciano Cordeiro, a ministra afirmou que não pode pronunciar-se ou tomar decisões antes do “apuramento total dos factos”.

A ministra falava aos jornalistas em Beja, à margem de uma visita à Escola Secundária com 3.º Ciclo D. Manuel I, requalificada no âmbito do Programa de Modernização das Escolas Secundárias.

MLS.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***

Lusa/Tudoben

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