Hotelaria: Marca Alila Hotels & Resorts “estreia-se” na Europa com gestão de hotel no Alqueva
A marca hoteleira Alila Hotels & Resorts, que só operava na região da Ásia-Pacífico, vai “estrear-se” na Europa através de Portugal, com a gestão do primeiro hotel do complexo turístico alentejano Roncão d’el Rei, antigo Parque Alqueva.
A Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações (SAIP), promotora do Parque Alqueva, que agora adota a marca comercial Roncão d’el Rei, situado nas “margens” da albufeira do mesmo nome, no concelho de Reguengos de Monsaraz, revelou ontem que a Alila foi a escolhida para gerir o Hotel do Monte.
A edificação desta unidade hoteleira, uma das sete que o complexo turístico prevê, está incluída na primeira fase das obras do empreendimento – que estão em curso e devem estar terminadas no terceiro trimestre de 2012 -, que engloba ainda um campo de golfe, com Club House, e um Wine Club.
O Hotel do Monte, com 81 quartos, vai resultar da reconversão do antigo monte de caça do rei D. Carlos, na Herdade do Roncão, com vista para o Grande Lago de Alqueva.
“A gestão do hotel será da responsabilidade da Alila Hotels & Resorts”, que “escolheu o Alentejo para entrar no mercado europeu”, revelou hoje a SAIP, na sessão comemorativa do início das obras de edificação de Roncão d’el Rei, presidida pelo primeiro ministro, José Sócrates.
Segundo os promotores do complexo, trata-se de uma marca, membro da Design Hotels, que se promove “com base num produto que, entre contemporaneidade, natureza e design, visa oferecer experiências surpreendentemente diferentes”.
Após a cerimónia, também o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, realçou a importância da escolha de Portugal para a “estreia” europeia da Alila Hotels & Resorts, que tem unidades em destinos como as Maldivas, Indonésia, Tailândia, Índia, China ou Oman.
Trata-se de uma cadeia hoteleira que, “no Oriente, vem sendo referência”, disse, garantindo que o facto de “a sua primeira opção europeia” ser “por Portugal e por Alqueva é a prova de que este é o caminho que queremos seguir”.
“Portugal não tem dimensão para ser um destino massificado”, assegurou o secretário de Estado do Turismo, sustentando que o país “deve marcar presença no mundo”, precisamente, através da “qualidade das suas infraestruturas e dos seus serviços”.
No global, o complexo turístico Roncão d’el Rei, a edificar ao longo das próximas duas décadas, comporta quase mil milhões de euros de investimento, sendo que 80 milhões de euros vão ser aplicados nesta primeira fase das obras.
Com uma área total superior a dois mil hectares, quando finalizado, o Roncão d’el Rei vai dispor, além dos sete hotéis, de quatro campos de golfe, aldeamentos turísticos, duas marinas, centro equestre ou campo de férias.
Unidades de saúde, produção de agricultura biológica, centro de avifauna e percursos de observação da natureza, centros de conferências, praia fluvial, parque arqueológico, reserva animal e uma quinta pedagógica são outras das valências do projeto.
O complexo prevê criar mais de dois mil postos de trabalho diretos e cerca de três mil indiretos, de acordo com a SAIP.
RRL.
*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***
Lusa/Tudoben