Maravilhas da Natureza: Primeira lista de concorrentes inclui 323 candidaturas de 270 locais

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marDuzentos e setenta locais do continente e regiões autónomas, relativos a 323 candidaturas, integram a primeira lista de candidatos a “7 Maravilhas Naturais de Portugal”, que ficará reduzida a 77 sítios no próximo mês.

De acordo com a organização, o número de candidaturas é superior ao número de locais escolhidos por autarquias e instituições da área do ambiente porque cada área pode concorrer em mais do que uma categoria.

Hoje, durante uma conferência de imprensa em Lisboa, Luís Segadães, da promotora New 7 Wonders Portugal, revelou que o Centro é a região com mais candidaturas (69), seguido do Norte (56) e Lisboa e Vale do Tejo (47).

Segundo o responsável, as três categorias com maior número de concorrentes são grandes relevos, praias e falésias e zonas protegidas, com respectivamente, 75, 73 e 69 possíveis escolhas.

Existem ainda mais quatro categorias: zonas marinhas, grutas e cavernas, florestas e matas e zonas aquáticas não marinhas.

Depois da apresentação de hoje, um painel de 77 especialistas, representantes de várias áreas científicas e de todo o país, vai definir até 07 de Fevereiro uma lista de 77 candidaturas (11 por categoria) e a 07 de Março serão revelados os 21 finalistas (três por categoria).

Este último grupo, que será alvo de votação electrónica do público até Setembro, terá de incluir pelo menos um local de cada uma das sete regiões (Açores, Alentejo, Algarve, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Madeira e Norte) para assegurar a “representatividade geográfica do país”.

Outra das regras impede que sejam eleitas mais de duas maravilhas por região.

Durante a conferência, o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, disse não estar surpreendido com a “vastidão” da lista hoje divulgada, tendo em conta a beleza e a diversidade da natureza em Portugal, e afirmou que esta é uma oportunidade única para acabar com a “secundarização” de que a biodiversidade é alvo a nível mediático e de informação pública.

“Já toda a gente percebeu que existem problemas em relação às alterações climáticas, mas a toda a hora nos esquecemos que há serviços importantes para a humanidade prestados pela natureza”, referiu, lembrando que 2010 é o Ano Internacional da Biodiversidade.

Humberto Rosa sublinhou, contudo, que essa falta de atenção não acontece a nível escolar, onde há “um trabalho regular com efeitos concretos”.

No evento estiveram também presentes representantes de outros parceiros institucionais, além do Ministério do Ambiente (Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, Liga para a Protecção da Natureza, Quercus, Geota e National Geographic Portugal), que destacaram o objectivo de apelar a uma reflexão sobre os problemas e a preservação das paisagens portuguesas.

Entre os concorrentes encontram-se, por exemplo, a Fajã da Caldeira de Santos Cristo e dos Cubres e a Lagoa das Sete Cidades (Açores), o Grande Lago do Alqueva e a Praia de Vila Nova de Milfontes (Alentejo), a Praia da Arrifana e o Pinhal de Bordalete (Algarve), as Grutas de Mira de Aire e o Parque Natural da Serra da Estrela (Centro), o Estuário do Tejo e a Serra de Grândola (Lisboa e Vale do Tejo), as Ilhas Selvagens e as Dunas de São Jacinto (Madeira) e o Rio Douro e o Muro de Abalona (Norte).

ROC.

Lusa/Tudoben

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