Mau Tempo: Famílias de Campo Maior rejeitam tendas e pedem casas

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campo_maior_barracasPortalegre/Campo Maior- As famílias que foram afectadas pela derrocada nas muralhas do castelo de Campo Maior (Portalegre) rejeitaram hoje serem realojadas em tendas, exigindo às autoridades uma habitação, disse à agência Lusa o presidente do município, Ricardo Pinheiro.

De acordo com o autarca, a Protecção Civil iniciou hoje a montagem de tendas para albergar as famílias mais afectadas, mas de “imediato” interrompeu os trabalhos devido aos protestos.

“As pessoas exigem casas e não querem as tendas. E dizem ainda que as tendas não têm condições, por isso a autarquia está a desenvolver vários contactos, principalmente com o Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) para resolver a situação”, declarou.

Relativamente à salvaguarda das muralhas da vila, a Direcção Regional de Cultura do Alentejo (DRCA) anunciou que vai prestar apoio técnico ao município de Campo Maior.

“A câmara tem um plano de salvaguarda e a nossa missão passa por dar apoio técnico, acompanhar a autarquia nas suas decisões e efectuar as respectivas avaliações”, disse à Lusa a directora da DRCA, Aurora Carapinha.

A responsável explicou também que foi hoje entregue ao município um relatório de diagnóstico que indica as razões que poderão estar na origem das derrocadas.

As muralhas do castelo de Campo Maior têm registado várias derrocadas nos últimos anos, a última das quais ocorreu na madrugada de terça-feira.

A situação está a colocar em risco dezenas de famílias que vivem em condições precárias junto ao monumento.

Aurora Carapinha adiantou ainda que as muralhas do castelo de Campo Maior “não estão classificadas”, embora o castelo esteja afecto ao Ministério da Cultura.

“O que está afecto ao Ministério da Cultura é o castelo, as muralhas nem sequer estão classificadas, mas isso não exclui que a Direcção Regional de Cultura do Alentejo não tenha assumido que era importante definir aquele valor patrimonial”, sublinhou.

HYT.

Lusa/Tudoben

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