Mau Tempo: Troço da muralha de Monsaraz degrada-se, obrigando a intervenção

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monsaraz_imgReguengos de Monsaraz, Évora – O mau tempo que fustigou o Alentejo nas últimas semanas acentuou a degradação de um troço da muralha da vila medieval de Monsaraz (Reguengos de Monsaraz), o que torna necessária uma intervenção no monumento.

“São cerca de 50 metros de muralha que necessitam de intervenção, embora não haja um perigo iminente de derrocada”, disse hoje à agência Lusa o presidente da Junta de Freguesia de Monsaraz, Jorge Nunes.

O autarca alentejano explicou que “as duas últimas semanas, de tempo bastante instável, levaram a que se agravasse a situação” naquele troço, que se situa entre a Porta da Alcova e a Torre de Menagem do castelo.

Classificada como Monumento Nacional, a vila medieval de Monsaraz, situada no concelho de Reguengos de Monsaraz e nas margens da albufeira de Alqueva, tem, actualmente, cerca de uma centena de habitantes e é uma das mais antigas povoações portuguesas a Sul do Tejo.

Entre o património da povoação, destaque para as ruas estreitas, as igrejas, a Cisterna da Vila, os Paços da Audiência e o castelo. Ao sair das muralhas encontram-se menires, antas, cromeleques e as necrópoles de povos que por ali passaram e viveram e deixaram, há milhares de anos, os testemunhos da sua cultura.

De acordo com presidente da junta de freguesia, os técnicos da Câmara de Reguengos de Monsaraz e do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR) “já fizeram o diagnóstico” do troço degradado.

“Não é uma situação que esteja em risco imediato, mas [a muralha] deve ser intervencionada para evitarmos que no futuro possamos ter ali algum problema”, referiu Jorge Nunes.

O autarca lembrou ainda que o troço de muralha é “uma das partes que não foi intervencionada, há cerca de 20 anos, quando Monsaraz sofreu uma grande intervenção de remodelação”.

Já há cerca de duas semanas, uma derrocada num edifício onde funcionava um restaurante, no centro da vila medieval, desalojou uma família e obrigou ao encerramento do estabelecimento comercial, segundo o presidente da junta de freguesia.

SYM.

Lusa/Tudoben

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