Ministro desafia agricultores alentejanos a converterem-se ao regadio e “tirarem partido” de Alqueva

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alquevaO ministro da Agricultura desafiou ontem os agricultores alentejanos a converterem-se à agricultura de regadio e “tirarem partido” do empreendimento de Alqueva, que “não pode ser desperdiçado” e constitui uma “oportunidade única” para o Alentejo.

“O grande desafio que lanço aos agricultores é que não tenham receio” de se “converterem ao regadio e tirarem partido do empreendimento de Alqueva, que está a andar muito bem, estará concluído até final de 2013 e não pode ser desperdiçado”, disse António Serrano.

O empreendimento de Alqueva, sublinhou, “é uma oportunidade única para desenvolvermos o Alentejo e aumentarmos e diversificarmos a produção agrícola” da região e que os empresários agrícolas “não podem desperdiçar”.

Os agricultores “não podem ter medo de avançar para novas áreas de negócio”, frisou, referindo que “o Estado está muito empenhado na ajuda ao Alentejo” para “rentabilizar” o empreendimento de Alqueva.

O Governo está a “fazer tudo o que pode para ajudar”, garantiu, lembrando que o Executivo definiu um tarifário para a água de Alqueva “muito competitivo, exatamente para sinalizar a importância” que o regadio e o empreendimento de Alqueva têm “para a transformação da agricultura do Alentejo”.

António Serrano falava aos jornalistas durante uma visita ao concelho de Ferreira do Alentejo, onde reuniu com a direção da Associação de Beneficiários da Obra de Rega de Odivelas e visitou duas herdades agrícolas, uma de olival e outra de produção de uva.

Trata-se da Herdade do Marmelo, a maior do Grupo Sovena, detido pelo Grupo Nutrinveste, “o segundo maior operador de azeite do mundo”, e da Herdade Vale da Rosa, “a maior produtora de uva de mesa em Portugal”, do empresário António Silvestre.

Na Herdade do Marmelo, com 3434 hectares de olival, está em construção um lagar, num investimento estimado de 10 milhões de euros e que deverá começar a funcionar na campanha olivícola de 2010/2011.

A Herdade Vale da Rosa, com 160 hectares de vinha e onde António Silvestre já investiu 12 milhões de euros, prevê produzir este ano 4500 toneladas de várias variedades de uva de mesa, que serão comercializadas em Portugal e exportadas para Inglaterra, França e Bélgica.

Trata-se de dois projetos “com grande dinâmica” e “fundamentais para a redução das importações e o aumento das exportações” de Portugal, frisou António Serrano, defendendo que a atual crise “combate-se com gente que empreende e faz”.

“A única forma de ultrapassarmos as dificuldades e garantirmos a rentabilização do empreendimento de Alqueva é se trabalharmos bem e juntos”, disse o ministro.

Neste sentido, defendeu, os agricultores que se dedicam à agricultura de sequeiro “têm que conviver e apreender” com os que “já fazem regadio há mais tempo, têm provas dadas e mostram que é possível produzir mais e com maior qualidade”.

LL.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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