Natal: Lojistas de Portalegre queixam-se do negócio em época natalícia
Portalegre – O presidente da Associação Comercial de Portalegre (ACP), Carlos Meira, lamentou ontem que as vendas de Natal no comércio tradicional da cidade alentejana estejam “muito abaixo” do esperado pelos lojistas.
“O panorama não está nada favorável. Não há vendas suficientes para aquilo que o comércio tradicional necessita”, afirmou o dirigente associativo, em declarações à agência Lusa.
Carlos Meira, que aguarda pelo momento em que o comércio tradicional venha a conhecer “melhores dias”, garantiu que a ACP está a desenvolver várias iniciativas para conseguir captar os consumidores para a principal artéria comercial da cidade (Rua do Comércio).
A animação musical, a iluminação de Natal e uma parceria com a Santa Casa da Misericórdia local, em que esta instituição dá a conhecer durante os próximos dias os produtos tradicionais confeccionados pelos “nossos avós”, são algumas das iniciativas em carteira.
Com um reduzido número de pessoas a circular durante os dias úteis pela Rua do Comércio, José Cardoso, comerciante há mais de 40 anos, disse à Lusa que “os clientes não têm aparecido” e que se trata de um “Natal abaixo da média”.
Para inverter a situação, a maioria dos comerciantes está a optar por efectuar promoções, margens de comercialização mais baixas em relação à concorrência e a apresentar aos consumidores alguns produtos considerados inovadores.
Maria João, lojista naquela artéria de Portalegre há seis anos, defendeu, por sua vez, que a Rua do Comércio necessita também de “outros incentivos”.
“O comércio tradicional está pouco dinamizado. Esta rua precisa de incentivos nos largos que possui, mais eventos para que as pessoas possam vir passear para esta zona”, defendeu.
“As pessoas vão muito para fora, para Badajoz (Espanha) e Castelo Branco, e o nosso comércio está esquecido”, sublinhou.
Comerciante há cerca de 30 anos, Maria Castanho confessou à Lusa que só acredita no futuro do comércio tradicional quando as pessoas de Portalegre se convencerem a dar “mais valor” àquilo que a cidade tem para oferecer.
Com um comércio de portas abertas há mais de 17 anos naquela artéria da cidade de Portalegre, Branca José apelou, por seu turno, à ACP para “utilizar a sua dinâmica”, em parceria com o município local, para desenvolver iniciativas que levem à subida das vendas.
HYT.
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