O cluster aeronáutico do Alentejo divulgado nos Cárpatos

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Vice-Presidente-da-CCDR-Alentejo-Dr-Roberto-Grilo-e-Director-de-Relações-Externas-para-a-Europa-África-e-Médio-Oriente-da-Embraer-Eng.º-João-Pedro-Taborda
Vice-Presidente-da-CCDR-Alentejo-Dr-Roberto-Grilo-e-Director-de-Relações-Externas-para-a-Europa-África-e-Médio-Oriente-da-Embraer-Eng.º-João-Pedro-Taborda

A indústria aeronáutica do Alentejo esteve presente em Rzeszów, capital da região Podkarpackie, na Polónia, dia 11 de Setembro, a convite da CCDR Alentejo que foi representada pelo seu Vice-Presidente da CCDR Alentejo, Dr Roberto Grilo, para participar na Conferência Anual da Associação das Regiões de Fronteira da Europa (ARFE) que este ano se dedica à temática da inovação e da investigação centrada no cluster aeronáutico ao serviço do desenvolvimento regional e transfronteiriço.

A região anfitriã possui uma indústria aeronáutica comparável com a do Alentejo, razão pela qual a ARFE e a organização endereçaram convite à CCDR para estar representada, e a que esta naturalmente correspondeu, convidando o Director de Relações Externas para a Europa, África e Médio Oriente da Embraer, Eng.º João Pedro Taborda, que ilustrou a forma como a indústria aeronáutica se coloca ao serviço do desenvolvimento económico abordando o caso das duas fábricas de componentes, metálicas e de materiais compósitos, dois verdadeiros centros de excelência com recurso a tecnologias de ponta, inauguradas em 2012 e em pleno desenvolvimento na capital do Alentejo, Évora.

Para os que desconheçam, a Embraer é uma empresa brasileira, que ocupa o terceiro lugar a nível mundial no fabrico de aviões comerciais, com forte presença também nos segmentos de mercado da aviação executiva, segurança e defesa e aviação agrícola.

Para o Alentejo, esta empresa é verdadeiramente importante, sendo legítimo considerar o seu incremento, atendendo às recentes declarações de Mauro Kern (Vice-Presidente da Embraer) à Lusa, “temos a intenção de levar estruturas significativas da nova geração de aviões comerciais – o E2 (segunda geração dos E-JETS) – para Évora. É um movimento no futuro, mas que faz todo o sentido, pois são aviões grandes, de estruturas complexas, mas onde Évora com a sua especialidade e tecnologia é perfeitamente adequada”. Tais afirmações permitem colocar o nosso país e a região do Alentejo num plano particularmente importante no contexto da implantação de um cluster aeronáutico próprio e numa posição muito favorável para o desenvolvimento de relações de cooperação transfronteiriça neste sector, nomeadamente com a Andaluzia, detentora de um cluster, animado pela Fundação Hélice, com mais de 40 empresas, e onde pontifica a Airbus Puerto Real, em Cádiz.

A Região de Podkarpackie, que possui também uma indústria aeronáutica em desenvolvimento, aproveitou esta oportunidade para divulgar a sua própria experiência face ao potencial de inovação e desenvolvimento conferido pelo cluster aeronáutico, abrindo espaço para o conhecimento e debate com outros clusters e práticas europeias, em curso no sector, como é o caso do Alentejo, convidando ainda as regiões de Midi-Pyrenées (em cuja capital, Toulouse, se situa a Airbus) e a região do Lago Constanza (entre a suíça e a Alemanha).

A conferência abordou ainda matérias ligadas aos partenariados público-privados, às políticas de inovação e desenvolvimnento em contextos transfronteiriços, energias renováveis e ambiente.

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