OE 2009: Financiamento 170 milhões de euros destina-se a apoiar agricultores “que querem inovar” –

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O ministro da Agricultura, Jaime Silva, salientou ontem que os 170 milhões de euros destinados ao financiamento nacional, no âmbito do Orçamento de Estado (OE) para 2009, se destinam a apoiar os agricultores “que querem inovar”.

    “Vai haver dinheiro suficiente para pagarmos as ajudas, que não vão acabar, mas sobretudo para apostarmos naqueles agricultores que querem inovar, querem produzir mais e com mais qualidade”, frisou Jaime Silva.

    O ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, que falava aos jornalistas à margem da inauguração de um matadouro de aves em Alvalade do Sado (Santiago do Cacém), explicou que a preocupação do Governo não passa por empregar este valor apenas em ajudas.

    “Não devemos ter aquela preocupação, como alguns pretendem, que é pegar nesse dinheiro e inventar um conjunto de ajudas e distribuí-lo”, vincou, acentuando a necessidade de “aplicar bem” esta verba.

    “Nós queremos distribuir em apoio ao investimento àqueles agricultores que acreditam que podem viver melhor produzindo mais e de melhor qualidade, porque o mercado vai pagar melhor, e criam simultaneamente emprego”, reforçou, desvalorizando as “ajudas que, quando acabam, acaba também a actividade agrícola”.

    A aposta em produtos tradicionais é um caminho apontado pelo ministro, que exemplificou com a “sofisticação” dada aos enchidos no Alentejo, que “hoje têm uma qualidade e uma visibilidade que não tinham há uns anos atrás”.

    O governante destacou que, “apesar do rigor, o OE não baixa para a agricultura portuguesa”. “Temos até um ligeiro acréscimo”, ressaltou.

    No campo dos investimentos do plano, o orçamento nacional sobe este ano 8,1 por cento face ao estimado para 2008, cifrando-se em 170 milhões de euros.

    As áreas prioritárias que se inscrevem neste financiamento são, segundo Jaime Silva, o olival, a hortofloricultura, a reconversão do vinho e a floresta, entre outros sectores, como o das carnes, que “não sendo estratégicos, têm apoios, desde que haja inovação e que tenham uma lógica de investimento de fileira”.

   

    RE

    Lusa/Tudoben

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