OE 2009: PCP critica “discriminação” do distrito de Évora
O PCP acusou ontem o governo de “agravar a discriminação” do distrito de Évora no Orçamento do Estado para 2009, apontando “um corte de 66 por cento” face às verbas previstas no PIDDAC de 2005.
Em conferência de imprensa, ontem realizada em Évora, o deputado do PCP João Oliveira indicou que as verbas previstas para o investimento no distrito “representam apenas 1,4 por cento do total” das verbas do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC).
“Há agora cinco concelhos do distrito que não são contemplados com qualquer verba (Borba, Mora, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas e Viana do Alentejo)”, denunciou.
Ainda comparando com o PIDDAC para 2005 – ano em que teve início o actual Governo socialista -, o parlamentar comunista critica “a redução de 16 por cento do investimento previsto para todo o Alentejo, agravando as desigualdades e as assimetrias regionais”.
“Numa região fortemente atingida pelo desemprego, pela degradação da qualidade de vida, sobretudo dos mais idosos, e pela fuga dos mais jovens para os grandes centros urbanos do litoral, a discriminação negativa a que o Governo do PS tem vindo a sujeitar o Alentejo só contribui para o agravamento a situação”, considerou.
Quanto aos investimentos que considerou “estruturantes”, João Oliveira disse que no PIDDAC para 2009 “não há uma única garantia” relativamente à construção do novo Hospital de Évora, conclusão do Itinerário Principal (IP) 2 e à construção das variantes de Vendas Novas e Montemor-o-Novo.
Os comunistas prometem apresentar propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2009, que “permitam inverter o rumo de desinvestimento” na região alentejana.
MLM.
Lusa/Tudoben