Paralímpicos: Criação de Comité Paralímpico de Portugal é “marca indelével” no desporto adaptado
A criação do Comité Paralímpico de Portugal (CPP), hoje apresentado em Lisboa, assinala uma “marca indelével” no desporto adaptado português, considerou o presidente da Federação Portuguesa de Desporto para Deficientes (FPDD), Humberto Santos.
“Na tomada de posse da Federação, em Outubro de 2006, a constituição do Comité Paralímpico Português foi definido como um objectivo pela Direcção e agora é uma realidade”, afirmou Humberto Santos, na cerimónia de apresentação do CPP.
Acompanhado pelo secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, e a secretária Adjunta e da Reabilitação, Idália Moniz, o presidente da FPDD explicou que o trabalho de criação do CPP contou “com a colaboração de federações, atletas e do Comité Olímpico de Portugal (COP)”.
“Iniciámos um trabalho frutuoso, com grande empenho e disponibilidade, e num curto espaço de tempo chegámos a um entendimento sobre o que pretendíamos, apesar de termos bases e processos de funcionamento diferentes”, assinalou.
Humberto Santos agradeceu “ao COP e ao seu presidente, Vicente Moura, toda a colaboração prestada”.
“Em sede de comissão instaladora foi tomada a decisão de adoptar estatutos do Comité Olímpico como base, para adaptar depois à nossa realidade”, explicou o responsável da FPDD, precisando que “a escritura pública do CPP foi feita no passado dia 26 de Setembro”.
Humberto Santos deixou também uma palavra de agradecimento a Laurentino Dias: “Quando fomos apresentar os estatutos e o caderno de encargos, recebemos um voto de confiança por parte do Governo, apesar de termos feito o trabalho possível perante uma nova realidade, para a qual será necessária o vosso apoio”.
Laurentino Dias considerou que este era “um momento necessário para o futuro do desporto adaptado em Portugal” e sublinhou o “enquadramento que a Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto (LBAFD) dá ao desporto para deficientes, colocando-o no patamar mais elevado do desporto paralímpico, através do CPP”.
Laurentino Dias precisou que “era este o caminho e não fazia sentido não consagrar o CPP na LBAFD, apesar de na altura o Comité Paralímpico ainda não estar sido criado”.
“Ficam tranquilizados agora aqueles que na altura ficaram um pouco eriçados por estarmos a incluir na lei uma realidade que ainda não existia”, ironizou o secretário de Estado, garantindo que o Governo “será um parceiro e continuará ao lado da FPDD e agora do CPP”.
O Secretário de Estado da Juventude e do Desporto sublinhou que o Comité Paralímpico passará “a ter a responsabilidade da missão paralímpica e tratar de tudo o que tenha a ver com atletas de alto rendimento paralímpico”.
“Haverão questões para resolver, não será um caminho fácil, mas vamos agora poder destrinçá-las bem e trabalhar para encontrar soluções”, disse o governante, acrescentando que o “essencial – a criação do CPP – está feito”.
Laurentino reiterou que o Governo é “parceiro nesta aventura”, mas sem esquecer que “lhe cabe também o papel de fiscalizador”, pelo que deve “sair de cena e deixar o movimento encontrar as suas soluções”.
MHC.
Lusa/Tudoben