PCP monta árvore de Natal “de luto” com “prendas envenenadas” do Governo PS
Uma pergunta ao ministro da Economia sobre a reabertura da mina de Aljustrel destaca-se numa árvore de Natal “de luto” e rodeada de “prendas envenenadas do Governo PS” que o PCP colocou num largo daquela vila alentejana.
“Reabertura da mina. Para quando senhor ministro?” é a questão colocada na árvore de Natal de cor preta e que “reclama a resposta mais desejada pelos aljustrelenses”, desde que a produção no complexo mineiro parou no passado mês de Novembro, disse hoje à agência Lusa António Galamba, do PCP de Aljustrel.
“Chega de anúncios e promessas”, afirmou, sublinhando que “uma resposta concreta e positiva sobre quando a mina vai reabrir seria a prenda ideal para os aljustrelenses neste Natal”.
Segundo António Galamba, a árvore de Natal preta, colocada no Largo do Mercado “como símbolo de luto social”, “traduz o balanço muito negativo do PCP ao que o Governo PS tem feito”.
A árvore, explicou, está rodeada de presentes embrulhados em plástico preto e com slogans alusivos a “algumas das prendas envenenadas com que o Governo PS tem presenteado os portugueses, impondo-lhes sacrifícios, primeiro com a desculpa de ‘reduzir o défice’ e agora para ‘combater a crise'”.
“Milhões para a banca, reformas de tostões”, “Pacote laboral”, “Fecho de escolas e hospitais” e “Mais propaganda, menos educação” são alguns dos slogans que, segundo o PCP, ilustram as “prendas envenenadas do Governo PS”, precisou António Galamba.
“Este Natal podia ser mais feliz se as políticas do Governo não fossem de direita, mas sim mais dignas de um partido que se diz socialista”, disse António Galamba.
A Lundin Mining, que detinha a mina de Aljustrel, suspendeu no passado dia 13 de Novembro a extracção e produção naquele complexo mineiro, devido à baixa cotação do zinco no mercado.
O ministro da Economia, Manuel Pinho, já confirmou que a Lundin Mining vendeu a mina de Aljustrel à MTO, a ‘holding’ familiar dos irmãos Carlos e Jorge Martins, accionistas da Martifer.
O contrato de compra e venda, que deverá ser assinado na próxima semana, segundo Manuel Pinho, visa explorar a mina de Aljustrel e recuperar os 200 postos de trabalho originais na empresa concessionária, a Pirites Alentejanas, além do novo projecto do Gavião que vai “demorar dois ou três anos a ser desenvolvido”.
LL.
Lusa/tudoben