PME: Trabalhadores da Selenis “resignados” perante adiamento do subsídio de Natal

Portalegre – Os cerca de 300 operários da fábrica Selenis, em Portalegre, estão “aborrecidos”, mas “resignados”, com a administração da empresa que suspendeu o subsídio de Natal sem ter feito um aviso prévio, disse à agência Lusa fonte sindical.
“Os trabalhadores estão um pouco resignados e aborrecidos com esta atitude”, afirmou Paulo Cardoso, representante do Sindicato dos Fogueiros, Energia e Indústrias Transformadoras (SIFOMATE) naquela unidade fabril, que se dedica à produção de polímeros.
“A situação foi unilateral e desagradável, porque os trabalhadores só souberam no momento de receber o subsídio. Não houve um aviso prévio por parte da administração”, sublinhou.
“O futuro não está muito risonho, está um pouco sombrio”, observou.
De acordo com o sindicalista, a administração da unidade fez saber, através de um comunicado interno, que o subsídio de Natal vai ser pago aos cerca de 300 trabalhadores em “seis prestações mensais”.
Paulo Cardoso explicou ainda que a redução de encomendas poderá estar na origem da medida.
Segundo o sindicalista, a administração da Selenis também ainda não procedeu ao pagamento do “prémio” relativo a 2008 e lamentou que a administração tenha decidido “retirar” o seguro de vida atribuído aos trabalhadores há vários anos.
O sindicalista prometeu não baixar os braços e assegurou que vai “tentar” reunir todas as estruturas sindicais com representatividade na unidade alentejana para apurar mais pormenores sobre a situação da empresa.
“O sindicato que eu represento (SIFOMATE) é minoritário naquela empresa, mas eu defendo que entre todos os sindicatos ali representados deveria ser criada uma comissão para tentar perceber o que se passa”, concluiu.
HYT.
Lusa/Fim