Portugueses revelam fracas intenções de compra
Mercado de bricolagem, jardinagem e decoração – Portugueses revelam fracas intenções de compra
Apesar do mercado da bricolagem, jardinagem e decoração ter crescido globalmente 1%, em 2008, as intenções de compra dos portugueses nestes sectores são baixas, tal como acontece na maioria dos países europeus, onde a contenção de custos começa a revelar-se em alguns mercados.
Segundo o Observador Cetelem, que analisa anualmente o consumo das famílias europeias em mercados como o da bricolagem/jardinagem e decoração, estes são sectores, relacionados com o melhoramento do lar, nos quais as famílias portuguesas não revelam elevadas intenções de investir.
Apenas 5% dos inquiridos afirma que diminuiria prioritariamente estas despesas em caso de diminuição do poder de compra. Apesar destes sectores – bricolagem/jardinagem e obras de decoração – não serem as rubricas mais afectadas em caso de aumento ou diminuição de poder de compra, para 2009, apenas 4% dos indivíduos tencionam adquirir produtos de bricolagem/jardinagem e 6% tencionam realizar obras em casa. É neste último ponto, que se verificou a evolução mais marcada, face ao ano anterior, das intenções de compra dos portugueses no sentido de uma diminuição.
A nível nacional Lisboa e Porto estão no topo do ranking em termos de facturação seja na bricolagem/jardinagem ou no melhoramento da habitação. É também nestes distritos que verificamos o maior número de estabelecimentos. As tintas e os vernizes, que se encontram incluídos na oferta de bricolagem, são os que geram o maior volume de facturação, nomeadamente em Lisboa.
A análise do consumo dos Portugueses revela ainda que, em 2008, a média do valor gasto em bricolagem/jardinagem por família foi de 312 euros, um valor inferior à média dos países em análise.
O Observador Cetelem apresenta dados de inquéritos realizados em 13 países europeus a mais de 10.000 pessoas. O estudo apresenta dados de Portugal, Espanha, França, Bélgica, Alemanha, Reino Unido, República Checa, Eslováquia, Hungria, Itália, Sérvia, Polónia e Rússia. As análises e previsões foram efectuadas em Dezembro de 2008 em colaboração com a sociedade de estudos e de consultadoria BIPE (www.bipe.com). O estudo foi completado por um desk research e reúne a informação de diversas fontes em cada um dos mercados (INE, GfK, DGT, Nielsen, ANACOM, ACAP, IDP, Banco de Portugal, ASFAC, ALF e ARAC).