PSP de Évora diz ter recebido relatório de escola sobre alegada agressão de aluno a professora
A PSP de Évora revelou ontem ter recebido um relatório da Escola Básica Integrada com Jardim-de-Infância da Malagueira, naquela cidade, sobre uma alegada agressão, quinta-feira, de um aluno a uma docente.
“Chegou hoje, formalmente, o relatório que a escola tinha que fazer, sobre a ocorrência de quinta-feira”, disse fonte policial à agência Lusa.
Segundo a PSP, efectivos da Escola Segura foram “chamados ao interior do recinto” daquele estabelecimento de ensino, na “quinta-feira de manhã”, por causa de uma alegada agressão de um aluno a uma docente.
Os elementos policiais, acrescentou, “não assistiram à situação, mas foram chamados e informados de que um aluno teria agredido a professora, que já não estava na escola”.
“O aluno é que estava lá, acompanhado pelos pais”, disse, acrescentando que os efectivos da Escola Segura informaram o jovem, assim como responsáveis da escola, que “as partes têm agora seis meses para apresentar queixa”.
“O menor, caso entenda que ele é que foi agredido, pode apresentar queixa-crime através dos pais. Quanto à professora, pode apresentar queixa por actos ilícitos, por se tratar de um menor”, esclareceu.
O Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) denunciou, em comunicado, que uma professora da Escola Básica Integrada com Jardim-de-Infância (EBI/JI) da Malagueira foi “agredida, na manhã de quinta-feira, por um aluno do segundo ciclo do ensino básico, no decurso de uma aula”.
Em declarações à Lusa, Antónia Fialho, dirigente do SPZS, precisou que “um aluno, de 13 anos, atirou o estojo à professora e empurrou-a contra a parede”.
“Estes são os pormenores que sabemos sobre o caso. Não sabemos se houve mais. E, para conseguir pôr termo ao episódio, a professora gritou e três colegas é que a ajudaram a controlar a situação”, disse Antónia Fialho.
Recusando identificar a docente alegadamente agredida – “ela não quer”, explicou -, a dirigente do SPZS adiantou, contudo, que a sua colega “voltou hoje às aulas”.
“Não somos alarmistas, mas são situações que têm que ser denunciadas porque acontecem nas escolas e são uma drama para os professores”, afirmou, reclamando que as “causas destes fenómenos têm que ser identificadas” e as escolas “devem ter possibilidades e estruturas para os prevenir”.
“Os professores, sozinhos, não conseguem dar resposta a estas coisas. Seria importante que cada escola ou agrupamento dispusesse de equipas multidisciplinares, nomeadamente com psicólogos, que acompanhassem o percurso escolar dos alunos e trabalhassem na mediação e resolução de conflitos”, defendeu.
A Lusa contactou a EBI/JI da Malagueira, mas foi informada de que nenhum elemento do conselho executivo se encontrava no estabelecimento de ensino.
Também a Direcção Regional de Educação do Alentejo, contactada várias vezes através do telefone, informou que o director regional, José Verdasca, não estava disponível.
RRL.
Lusa/Tudoben