QREN/Alentejo: Entidade gestora apela a maior execução de projectos aprovados
Beja– A presidente da entidade gestora do Programa Operacional Regional do Alentejo (INALENTEJO) apelou hoje a uma maior execução dos projectos das 429 candidaturas já aprovadas, num investimento total de quase 462 milhões de euros.
“Vamos organizar-nos para a execução efectiva ser maior e tão grande quanto possível”, disse à agência Lusa a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, Maria Leal Monteiro, à margem de uma reunião da comissão de acompanhamento do INALENTEJO, que decorreu hoje em Beja.
Segundo a responsável, as novas regras do INALENTEJO, diferentes das do anterior Quadro Comunitário de Apoio III, os vários processos eleitorais e a crise, que marcaram o ano “atípico” de 2009, foram “constrangimentos” que “dificultaram a execução concreta” dos projectos previstos nas candidaturas já aprovadas.
“Temos que dar um novo impulso à execução, que é o mais importante”, defendeu, frisando que os novos programas operacionais regionais, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) 2007-2013, são instrumentos de financiamento com várias medidas para “ajudar a combater a crise”.
“Se conseguirmos realmente investir e executar com qualidade, contribuímos para ultrapassar a crise”, frisou, salientando que “depois haverá um funcionamento da economia que permitirá estabilizar a situação”.
Segundo dados avançados hoje à Lusa pela CCDR do Alentejo, nos dois anos do INALENTEJO, desde o lançamento dos primeiros concursos em Novembro de 2007 até ao passado dia 30 de Novembro, foram aprovadas 429 das 988 candidaturas apresentadas, num investimento de 461.686 milhões de euros, que inclui financiamento do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e de comparticipação nacional.
Trata-se de 31,6 por cento dos 1.460 milhões de euros da dotação financeira global do INALENTEJO (869 milhões de euros do FEDER e 591 milhões de euros de comparticipação nacional), indicou Maria Leal Monteiro, referindo que o programa, até 30 de Novembro, registava uma taxa de execução relativa ao aprovado de 8,3 por cento.
A CCDR do Alentejo “não está satisfeita com a execução” mas está “satisfeita” com o “andamento” do programa, que “anda à volta de 50 por cento de compromissos” e as disponibilidades financeiras deverão terminar “bem antes de 2013”.
São “bons sinais” que revelam que a região “tem capacidade” para apresentar projectos, salientou, defendendo: “quanto mais depressa e bem concretizarmos efectivamente essa capacidade, melhor o INALENTEJO actua sobre a crise”.
A maior parte das 429 candidaturas aprovadas foram apresentadas ao Eixo 1 – Inovação, Competitividade e Conhecimento e por parceiros da sub-região do Alentejo Central (distrito de Évora).
“É importante puxar pela competitividade” mas “precisamos que as outras sub-regiões acompanhem o ritmo do Alentejo Central”, disse, referindo que a CCDR do Alentejo quer “puxar por todos” porque “não gostaria que houvesse uma sub-região que de destacasse muito das outras”.
LL.
Lusa/Tudoben