Reclusas vão ter informação e rastreios do cancro do colo do útero
As mulheres presas vão ter sessões de esclarecimento e rastreios do cancro do colo do útero a partir do dia 27 deste mês, um projecto do Instituto Português de Oncologia e da Liga Portuguesa contra o Cancro.
A coordenadora do projecto, Isabel Riscado, disse à agência Lusa que chegou a hora de a informação sobre a doença chegar a “mulheres um pouco esquecidas”.
Nas quatro prisões femininas – Tires, Guarda, Santa Cruz do Bispo e Odemira – há cerca de 600 reclusas, “carentes, com pouca comunicação com o mundo exterior”, a que os responsáveis do projecto querem passar a mensagem sobre o vírus do papiloma humano (HPV).
“Temos que começar é mesmo pela informação. Só com informação correcta e permanente é que vamos conseguir, diminuir a incidência da doença”, disse Isabel Riscado.
A coordenadora afirmou que o lema das campanhas de sensibilização – “Vacinar as filhas, rastrear as mães” – precisa de chegar também às prisões, continuando o trabalho já feito nas escolas.
Isabel Riscado parte para o projecto com “expectativa enorme” quanto à receptividade das reclusas, cuja participação nas sessões é voluntária.
A seguir às sessões de esclarecimento, as responsáveis do projecto marcarão os rastreios para realização de citologias às reclusas.
O projecto de rastreios nas cadeias começa em plena Semana Europeia de Prevenção do Cancro do Colo do Útero.
APN.
Lusa/Tudoben