Saúde: ARS Alentejo só abre vagas preferenciais para tentar fixar clínicos de medicina geral e familiar

Views: 973

medicos_notÉvora, 01 Jan (Lusa) – A Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo só abriu vagas preferenciais para o internato médico em medicina geral e familiar para obrigar os clínicos a ficarem mais tempo na região.

Em declarações à agência Lusa, Conceição Margalha, da ARS Alentejo, explicou que as 14 vagas são todas preferenciais, porque este mecanismo “obriga os médicos a ficarem mais quatro anos ligados ao Alentejo depois de terminarem a especialidade”.

“Seja vaga preferência ou normal, a formação é a mesma”, garantiu a responsável, sustentando que a única diferença é que “a vaga preferencial obriga os médicos a ficarem na região e, para isso, o Ministério dá-lhes um subsídio adicional de 750 euros por mês”.

A ARS Alentejo utiliza esta medida do Ministério da Saúde para contrariar “a dificuldade que tem em trazer médicos de medicina geral e familiar para a região”, acrescentou.

As vagas para médicos de clínica geral aumentaram este ano, representando 30 por cento das vagas do concurso para internato médico 2009, segundo a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS).

Das 1026 vagas, 318 são para Medicina Geral e Familiar, sendo a região Norte a que tem mais lugares disponíveis (115), seguindo-se a região de Lisboa e Vale do Tejo (96) e a região Centro, com 63 vagas.

Do total das vagas do concurso, 179 são preferenciais e são destinadas a suprir necessidades de médicos de determinadas especialidades, as quais não podem exceder os 30 por cento do total dos lugares estabelecidos anualmente.

Para medicina geral e familiar, na região do Alentejo existem vagas preferenciais (14), assim como no Algarve (13), Madeira (10) e Açores (sete).

A medicina interna é a especialidade hospitalar com maior número de vagas: 114 normais e 15 preferenciais de um total de 680 lugares.

Para psiquiatria existem 39 vagas e para pediatria existem 60, enquanto para oncologia e ortopedia há 27 vagas, saúde pública 24, medicina física e de reabilitação 15 e neurologia 13.

SYM/HN.

Lusa/Fim

Comments: 0