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Serpa: PS falta a reunião da Assembleia Municipal para votar orçamento camarário em protesto contra hora da sessão

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serpaSerpa, Beja – Os eleitos do PS na Assembleia Municipal de Serpa faltaram ontem em bloco à reunião extraordinária daquele órgão para votar o orçamento deste ano da Câmara CDU, em protesto contra a marcação da sessão para uma hora de expediente.

Os oito eleitos do PS dizem que “decidiram manifestar a sua indignação tomando a decisão de não comparecerem em bloco” à reunião da Assembleia Municipal de Serpa, às 17:00 e que se realizou com a presença de eleitos da CDU, do PSD e do Bloco de Esquerda.

Na reunião, o orçamento foi aprovado com os votos favoráveis dos eleitos da CDU presentes, a abstenção de um eleito do PSD presente e o voto contra do eleito do Bloco de Esquerda, disse à Lusa fonte do PS.

Os eleitos do PS “condenam a atitude prepotente e antidemocrática” do presidente da Câmara, João Rocha, e da presidente da Assembleia Municipal de Serpa, Sara Romão, ambos da CDU, que “recusaram todos os apelos para marcar a sessão extraordinária para as 21:00, como sempre aconteceu e é mais adequado para garantir a presença de todos os eleitos”.

“Em vez disso, a reunião foi marcada para as 17:00”, uma hora em que “a grande maioria dos membros” da Assembleia Municipal de Serpa “ainda se encontra a trabalhar”, “inviabilizando assim a discussão livre e democrática” do orçamento camarário, que “é o documento mais importante que anualmente se discute a nível do poder local”, lamentam os eleitos do PS.

Segundo a bancada socialista, a marcação da reunião para as 17:00, o que aconteceu “pela primeira na história da Assembleia Municipal de Serpa”, destinou-se “deliberadamente a impedir a discussão por todos os eleitos” do orçamento, que “o PS considera ser um dos piores que foi apresentado e que motivou o voto contra dos eleitos socialistas na Câmara”.

Em declarações à Lusa, a presidente da Assembleia Municipal de Serpa, Sara Romão, reagiu com “alguma surpresa” à decisão dos eleitos do PS, referindo que “nenhum” deles “informou oficialmente da sua não comparência”.

Segundo Sara Romão, a reunião extraordinária de ontem”foi convocada pela mesa da Assembleia Municipal de Serpa com a devida antecedência e segundo o que está regimentado”, que “não impõe qualquer horário para a realização das reuniões”.

Por outro lado, frisou, “as reuniões não são marcadas para se adequarem à vontade e aos interesses pessoais dos eleitos” e “qualquer eleito têm a obrigação de participar nas reuniões da Assembleia Municipal” e para tal “tem dispensa dos seus serviços”.

Na reunião anterior da Assembleia Municipal de Serpa, “a CDU já tinha demonstrado que não queria discutir as opções para o concelho”, porque “sobrecarregou a ordem de trabalhos com excesso de assuntos e apresentou cinco moções para queimar tempo”, acusam os eleitos do PS.

Por outro lado, o documento com o orçamento “apresentava anomalias” que “impediam a avaliação” das opções do executivo naquela reunião, o que “motivou o protesto dos eleitos do PS” que recusaram participar na discussão e na votação do orçamento.

LL.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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