Teatro: Mostra Internacional de Santo André com 12 companhias e 13 espetáculos ao longo de um m

Views: 1013
santiago_cac_inacio_cristiano
Foto: Inacio Cristiano

A mimo britânica Nola Rae vai abrir, na sexta-feira, a 11.ª Mostra Internacional de Teatro de Santo André (Santiago do Cacém), que leva ao litoral alentejano 12 companhias nacionais e estrangeiras com 13 espetáculos distintos.

O teatro vai estar em destaque durante um mês no litoral alentejano, com a apresentação de 21 sessões por 12 grupos, como o da britânica Nola Rae, que vai estar pela segunda vez em Vila Nova de Santo André, agora com a peça “Elizabeth’s Last Stand”.

A “diversidade” constitui, mais uma vez, a aposta da Mostra de Teatro de Santo André, que oferece ao público alentejano “o teatro do absurdo”, de “cariz popular”, bem como “linguagens contemporâneas”, como o recurso às artes circenses e aos efeitos multimédia.

“Toda esta variedade contribui para a formação do público”, disse hoje à Agência Lusa Mário Primo, da AJAGATO (Associação Juvenil de Amigos do Grupo Amador de Teatro de Santo André), a entidade promotora do evento, destacando ser este um objetivo da mostra.

Os espetadores da zona, sublinhou, têm oportunidade de assistir “a mais espetáculos do que a maioria dos portugueses vê no espaço de um, dois ou três anos”.

A mostra estende-se este ano, para além do habitual auditório da Escola Secundária Padre António Macedo, em Vila Nova de Santo André, ao auditório António Chainho, em Santiago do Cacém, e ao Centro de Artes de Sines.

O Chapitô, A Barraca, o Teatro dos Aloés, o Peripécia Teatro e a produção de João Lagarto “O Quê?”, oferecida pelo Teatro da Trindade, vão marcar presença na mostra, bem como, vindo do outro lado do Atlântico, o brasileiro Lume Teatro, que já participou na edição de 2009.

Os mais novos também podem ir ao teatro, havendo várias sessões previstas de dois espetáculos infantis, pelo grupo Casear e pelo Teatro de Animação de Setúbal.

O encerramento da 11.ª Mostra de Teatro vai ser ao ar livre, com “Guerras do Alecrim”, do Teatro ao Largo, e Nusquam, do Teatro do Mar, a terminar o mês de espetáculos.

Estão planeadas atividades complementares, com várias animações de rua, música, colóquios, workshops e exposições a anteceder os espetáculos da mostra, que se realiza ininterruptamente há onze anos e já levou ao litoral alentejano mais de 40 companhias de teatro.

Mário Primo lamentou, contudo, que, numa “organização marcada pelo fantasma da crise” e cada vez “com maiores dificuldades de financiamento”, o Ministério da Cultura continue “a não apoiar este projeto, apesar do sucesso incontestável das dez primeiras edições”.

O apoio de outras entidades também tem sido difícil de conquistar, sublinhou, considerando que essa “é uma enorme limitação” para o “desenvolvimento e continuidade” do projeto, este ano orçado em 40 mil euros.

“A maioria das empresas e instituições contactadas continua a ignorar a importância deste festival para o desenvolvimento cultural da região e para a sua promoção a nível nacional”, concluiu.

AYN.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

Comments: 0