Tribunal julga aluno da Universidade de Évora acusado de agredir professor
O Tribunal de Évora prosseguiu ontem o julgamento de um aluno da universidade local que é acusado de ter agredido e ameaçado um professor da academia, tendo a próxima sessão ficado marcada para dia 26.
O aluno começou a ser julgado na quinta-feira da semana passada, e ontem decorreu a segunda sessão, sendo acusado de quatro crimes, dois deles contra o professor, Carlos Cupeto (ofensa à integridade física qualificada e ameaça), e dois contra o irmão deste, Luís Cupeto (ofensa à integridade física simples e coacção).
Fonte ligada ao processo explicou à agência Lusa que a acusação é da responsabilidade do Ministério Público (MP), sendo Carlos Cupeto assistente no processo e demandante cível, em que requer uma indemnização na ordem dos cinco mil euros.
O irmão, segundo a mesma fonte, é igualmente demandante cível e pede uma indemnização que ronda os dois mil euros.
O caso remonta Outubro de 2006, em que o professor alega ter sido agredido pelo aluno à porta de um dos colégios da Universidade de Évora.
Antes, em Junho de 2004, o docente tinha chumbado o mesmo estudante, durante uma oral na disciplina de Geologia do Ambiente, argumentando que o trabalho apresentado não respondia ao tema proposto e o mesmo não tinha sido realizado pelo aluno.
A partir daí, revelou o professor durante uma conferência de imprensa em Lisboa, em Abril do ano passado, recebeu dezenas de ameaças e ofensas graves por via telefónica.
O aluno é também acusado de, em 2007, ter agredido fisicamente o irmão de Carlos Cupeto, chegando a ameaçá-lo com uma arma branca.
Na primeira sessão deste julgamento, foram ouvidas as testemunhas de acusação, arroladas pelo MP, e as testemunhas do professor, enquanto demandante cível, para atestar os danos alegadamente sofridos pelo lesado.
Entre estas, encontravam-se dois professores da Universidade de Évora e um professor catedrático jubilado.
A sessão de ontem foi dedicada às testemunhas apresentadas pelo relativamente a uma acusação particular de um pretenso crime de difamação cometido pelo professor.
Das várias queixas-crime apresentadas por Carlos Cupeto, que resultaram noutros processos judiciais, o tribunal já condenou por três vezes o estudante, em duas delas a pena de multa (por crimes de ameaça) e na outra a pena de prisão suspensa na sua execução (por crime de coacção).
Um outro processo, relativo a outra alegada agressão ao irmão do professor, já este ano, encontra-se ainda em fase de inquérito.
RRL.
Lusa/Tudoben