Turismo: Alentejo quer criar até “meados de maio” Observatório Regional para o setor

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Foto: M.M.
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A Turismo do Alentejo vai criar, em “meados de maio”, um Observatório Regional que produza informação sobre a atividade turística, para conhecer melhor o turista que visita a região e definir estratégias que captem novos visitantes.

“A abertura será formalizada em meados de maio, com a assinatura do protocolo e a criação do conselho coordenador”, revelou hoje o presidente da Turismo do Alentejo, António Ceia da Silva.

O responsável, que falava à Agência Lusa depois da primeira reunião do grupo de trabalho do projeto, em Évora, adiantou ainda que o Observatório Regional de Turismo do Alentejo deve produzir “os primeiros dados antes do verão”.

“E não nos serve de nada ter os dados de abril deste ano daqui a oito meses. Temos que ter os dados um mês depois, para ir avaliando a atividade turística”, afirmou.

A criação do observatório é um dos objetivos da Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo para este ano, num projeto que envolve ainda a Universidade de Évora e institutos politécnicos de Beja e de Portalegre e os núcleos empresariais (Évora, Beja e Portalegre) da região.

A Associação CESTUR – Centro de Estudos de Turismo, com sede na Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril, vai fazer a assessoria técnica e a região italiana da Toscânia é o “parceiro internacional” do projeto.

“Toda a intervenção turística na Toscânia, mesmo a nível concelhio, assenta em observatórios regionais de turismo e é a que a entidade regional de turismo entende realizar. Queremos copiar este bom exemplo”, justificou Ceia da Silva.

O observatório, cujo projeto foi candidatado a apoios comunitários, através do INALENTEJO, com um investimento elegível de aproximadamente 870 mil euros, vai ter como missão produzir, analisar e disseminar informação sobre a atividade turística do Alentejo.

Ceia da Silva realçou que a região tem necessidade de possuir mais dados estatísticos, e não só, do que os fornecidos pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

“Estes indicadores que queremos obter são preciosos e vão mais além do que os do INE. Vão dar-nos dados sobre a animação turística e a componente do turismo em espaço rural, que não tínhamos”, frisou.

Além dos dados estatísticos, o Observatório vai permitir a realização de estudos sobre o perfil do turista, também com elementos qualitativos.

“Não basta dizermos que 75 por cento da cota de mercado que temos é portuguesa. É preciso saber de onde vêm esses turistas nacionais”, exemplificou, referindo que as mesmas dúvidas vão procurar ser esclarecidas sobre os visitantes estrangeiros.

Qual a avaliação que o turista faz do Alentejo e o seu grau de satisfação, assim como um perfil mais detalhado de quem escolhe a região como destino de férias, assente “em dados científicos e não em meras ideias empíricas”, são outras das análises que o projeto vai produzir.

“Só assim poderemos aferir o tipo de turista que temos, o que é que ele procura e se o Alentejo corresponde às suas expetativas, para, a partir desses indicadores, aferirmos as políticas e as estratégias de turismo”, disse.

RRL.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***

Lusa/Tudoben

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