Universidade alentejana foi a única universidade portuguesa a conquistar o galardão HP

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Universidade alentejana foi a única universidade portuguesa e uma das 15 da Europa, Médio Oriente e África a conquistar o galardão HP.

A Universidade de Évora recebeu ontem um prémio internacional da Hewlett-Packard (HP) por um projecto que cruza uma metodologia de ensino inovadora com novas tecnologias informáticas, permitindo a professores e alunos um contacto permanente, fora da sala de aula.
O projecto “e-problem”, a desenvolver nos próximos dois anos e com aplicação prática nas disciplinas de Macroeconomia (licenciatura em Economia) e Geomática (Engenharia Rural), granjeou o HP Wireless Technology for Teaching à Universidade de Évora.

A academia alentejana foi a única universidade portuguesa e uma das 15 da Europa, Médio Oriente e África a conquistar o galardão, que pretende promover o interesse dos estudantes pela ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

No âmbito do Wireless Technology for Teaching, a HP atribui às universidades seleccionadas tecnologia móvel de forma a redefinir o modelo das aulas e melhorar a interacção estudante-professor.

Assim, a Universidade de Évora vai receber uma bolsa avaliada em cerca de 64 mil euros, que consiste num fundo monetário e em tecnologia móvel HP, nomeadamente 21 computadores “tablet” (que permitem escrever directamente no ecrã), iPAQs, estrutura móvel de transporte e um Ponto de Acesso Wireless HP Procurve.

Na cerimónia realizada ontem em Évora, o director-geral da HP Portugal, Carlos Janicas, elogiou o projecto da universidade alentejana, o qual “traz novas formas de aprendizagem”, tornando este processo “mais eficiente”.

“Possibilita uma aprendizagem que, realmente, fique na cabeça do aluno, fazendo com que o ciclo de aprendizagem avance muito mais depressa e responda também aos desafios das empresas, que, no dia-a-dia, procuram ser mais rápidas em resolver um problema de um cliente”, disse.

A Universidade de Évora pretende aplicar o prémio na implementação de novos processos de ensino/aprendizagem, associando metodologias tradicionais às novas tecnologias de informação e comunicação (TIC), o que possibilita novas abordagens ao ensino à distância.

Estudantes de Economia e Engenharia Rural vão utilizar computadores portáteis “tablet”, com placas 3G disponibilizadas pela Portugal Telecom/TMN, e aceder ao Moodle, plataforma de e-learning da universidade, em solução open-source, para resolver um problema suscitado pelo professor, colocar-lhe dúvidas de forma mais informal e imediata, apresentar relatórios, entre outras valências.

A Universidade de Évora, com os novos recursos informáticos, pretende testar a aplicação desta metodologia de ensino/aprendizagem, denominada Problem Based Learning (PBL), que envolve o trabalho dos alunos em torno da resolução de um problema, sem necessidade do contexto formal da sala de aula, tendo o professor o papel de “timoneiro” na construção orientada do conhecimento.

“Vamos tentar aumentar o que esta metodologia inovadora tem de bom, com uma interactividade professor-aluno que, de outra forma, não seria possível. A tecnologia móvel permite a resolução de problemas e dúvidas na hora e 24 horas por dia”, explicou José Belbute, professor de Macroeconomia envolvido no projecto.

Também o docente José Rafael Marques da Silva, do Departamento de Engenharia Rural, responsável pela disciplina de Geomática, destacou a importância do projecto para a resolução de problemas concretos durante as sessões de campo que os alunos vão ter.

Os computadores portáteis “tablet” vão ser equipados com GPS e Sistema de Informação Geográfica (SIG), disponibilizado pela empresa ESRI, podendo os alunos cruzar a sua posição geográfica com a informação digital, deixando assim de estar dependentes de múltiplos mapas em papel e, em pleno campo, esclarecer dúvidas com o professor.

Para o reitor da Universidade de Évora, Jorge Araújo, o prémio da HP e o projecto candidatado decorrem da capacidade de inovação da instituição, “antiga mas não velha”, e do seu esforço de ligação às empresas.

RRL.

Lusa/Tudoben

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